No início deste mês o jornal britânico The Guardian publicou uma matéria em que elegia os dez "melhores edifícios de concreto do mundo". Do Panteon de Roma à Unité d'Habitation de Marseille, de Le Corbusier, a lista, elaborada por pelo crítico de arquitetura Rowan Moore, conta ainda com o Banco de Londres em Buenos Aires, do arquiteto Clorindo Testa, e com o Pavilhão Nacional Português, de Álvaro Siza.
Falar de concreto sem mencionar obras do brutalismo brasileiro seria quase inadmissível para um crítico de arquitetura, e Moore sabe disso, por isso, entre os dez melhores elegeu, talvez, o exemplo mais interessante dentre todos os edifícios de concreto do Brasil: o Sesc Pompeia, emblemático projeto de recuperação e anexos para uma antiga fábrica de tambores na cidade de São Paulo, realizado por Lina Bo Bardi em 1986.
"Uma piscina, quadras internas de futebol e outros esportes são empilhadas na mais larga deste grupo de torres; os vestiários estão em outra delas, conectadas por dinâmicas pontes que transformam o movimento normalmente monótono em um teatro urbano. A terceira torre, cilíndrica, armazena a água. Sabendo que uma mudança de direcionamento político poderia acabar com projetos de intenção social como este, Bo Bardi o fez como uma fortaleza: uma citadela da liberdade, como era chamado. As aberturas das janelas, que parecem ter sido feitas aos murros por homens das cavernas, são incríveis", escreve Moore sobre o Sesc Pompeia.
Leia a matéria completa na página do jornal britânico.
Via The Guardian